Posted by : Rafael Holanda quinta-feira, 24 de março de 2011

Instalando o Squid

O Squid é composto de um único pacote, por isso a instalação é simples. Instale o pacote "squid" usando o apt-get, yum ou urpmi, como em:

# apt-get install squid

Toda a configuração do Squid é feita em um único arquivo, o "/etc/squid/squid.conf". Caso você esteja usando uma versão antiga do Squid, como a incluída no Debian Woody, por exemplo, o arquivo pode ser o "/etc/squid.conf". Apesar da mudança na localização do arquivo de configuração, as opções descritas aqui vão funcionar sem maiores problemas.
O arquivo original, instalado junto com o pacote, é realmente enorme, contém comentários e exemplos para quase todas as opções disponíveis. Ele pode ser uma leitura interessante se você já tem uma boa familiaridade com o Squid e quer aprender mais sobre cada opção, mas, de início, é melhor começar com um arquivo de configuração mais simples, apenas com as opções mais usadas.
Comece renomeando o arquivo padrão, de forma a conservá-lo para fins de pesquisa:

# mv /etc/squid/squid.conf /etc/squid/squid.conf.orig

Em seguida, crie um novo arquivo "/etc/squid/squid.conf", contendo apenas as quatro linhas abaixo:
http_port 3128
visible_hostname casadoholanda
acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0
http_access allow all

Estas linhas são o suficiente para que o Squid "funcione". Como viu, aquele arquivo de configuração gigante tem mais uma função informativa, citando e explicando as centenas de opções disponíveis. Apenas um punhado das opções são realmente necessárias, pois, ao omití-las, o Squid simplesmente utiliza os valores default. É por isso que acaba sendo mais simples começar com um arquivo vazio e ir inserindo apenas as opções que você conhece e deseja alterar.
As quatro linhas dizem o seguinte:
http_port 3128: A porta onde o servidor Squid vai ficar disponível. A porta 3128 é o default, mas muitos administradores preferem utilizar a porta 8080, que soa mais familiar a muitos usuários.
visible_hostname casadoholanda: O nome do servidor, o mesmo que foi definido na configuração da rede.
acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0 e http_access allow all: Estas duas linhas criam uma acl (uma política de acesso) chamada "all" (todos), incluindo todos os endereços IP possíveis. Ela permite que qualquer um dentro desta lista use o proxy, ou seja, permite que qualquer um use o proxy, sem limitações.
Para testar a configuração, reinicie o servidor Squid com o comando:

# /etc/init.d/squid restart

Se estiver no CentOS, Fedora ou Mandriva, pode utilizar o comando "service", que economiza alguns toques no teclado:

# service squid restart

No Slackware, o comando será "/etc/rc.d/rc.squid restart", seguindo a lógica do sistema em colocar os scripts referentes aos serviços na pasta /etc/rc.d/ e inicializá-los automaticamente durante o boot, desde que marcada a permissão de execução.
Para testar o proxy, configure um navegador (no próprio servidor) para usar o proxy, através do endereço 127.0.0.1 (o localhost), porta 3128. Se não houver nenhum firewall pelo caminho, você conseguirá acessar o proxy também através dos outros micros da rede local, basta configurar os navegadores para usarem o proxy, fornecendo o endereço do servidor na rede local.
Caso necessário, abra a porta 3128 na configuração do firewall, para que o Squid possa receber as conexões. Um exemplo de regra manual do Iptables para abrir a porta do Squid apenas para a rede local (a interface eth0 no exemplo) é:

iptables -A INPUT -i eth0 -p tcp --dport 3128 -j ACCEPT

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